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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Liturgia 30 Agosto 2015

XXII DOMINGO TC




A liturgia do 22º Domingo do Tempo Comum propõe-nos uma reflexão sobre a “Lei”. Deus quer a realização e a vida plena para o homem e, nesse sentido, propõe-lhe a sua “Lei”. A “Lei” de Deus indica ao homem o caminho a seguir. Contudo, esse caminho não se esgota num mero cumprimento de ritos ou de práticas vazias de significado, mas num processo de conversão que leve o homem a comprometer-se cada vez mais com o amor a Deus e aos irmãos.
A primeira leitura, garante-nos que as “leis” e preceitos de Deus são um caminho seguro para a felicidade e para a vida em plenitude. Por isso, o autor dessa catequese recomenda insistentemente ao seu Povo que acolha a Palavra de Deus e se deixe guiar por ela.
No Evangelho, Jesus denuncia a atitude daqueles que fizeram do cumprimento externo e superficial da “lei” um valor absoluto, esquecendo que a “lei” é apenas um caminho para chegar a um compromisso efectivo com o projecto de Deus. Na perspectiva de Jesus, a verdadeira religião não se centra no cumprimento formal das “leis”, mas num processo de conversão que leve o homem à comunhão com Deus e a viver numa real partilha de amor com os irmãos.
A  segunda leitura, convida os crentes a escutarem e acolherem a Palavra de Deus; mas avisa que essa Palavra escutada e acolhida no coração tem de tornar-se um compromisso de amor, de partilha, de solidariedade com o mundo e com os homens. (in Dehonianos)


LEITURA I Deut 4, 1-2.6-8
«Não acrescentareis nada ao que vos ordeno ...
mas guardareis os mandamentos do Senhor»

Leitura do Livro do Deuteronómio
Moisés falou ao povo, dizendo:
«Agora escuta, Israel,
as leis e os preceitos que vos dou a conhecer
e ponde-os em prática,
para que vivais e entreis na posse da terra
que vos dá o Senhor, Deus de vossos pais.
Não acrescentareis nada ao que vos ordeno,
nem suprimireis coisa alguma,
mas guardareis os mandamentos do Senhor vosso Deus,
tal como eu vo-los prescrevo.
Observai-os e ponde-os em prática:
eles serão a vossa sabedoria e a vossa prudência
aos olhos dos povos,
que, ao ouvirem falar de todas estas leis, dirão:
‘Que povo tão sábio e tão prudente é esta grande nação!’
Qual é, na verdade, a grande nação
que tem a divindade tão perto de si
como está perto de nós o Senhor, nosso Deus,
sempre que O invocamos?
E qual é a grande nação
que tem mandamentos e decretos tão justos
como esta lei que hoje vos apresento?»
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 14, 2-3a.3cd-4ab.5
Refrão: Quem habitará, Senhor, no vosso santuário?

O que vive sem mancha e pratica a justiça
e diz a verdade que tem no seu coração
e guarda a sua língua da calúnia.

O que não faz mal ao seu próximo
nem ultraja o seu semelhante,
o que tem por desprezível o ímpio,
mas estima os que temem o Senhor.

O que não falta ao juramento, mesmo em seu prejuízo,
e não empresta dinheiro com usura,
nem aceita presentes para condenar o inocente.
Quem assim proceder jamais será abalado.


LEITURA II Tg 1, 17-18.21b-22.27
«Sede cumpridores da palavra»

Leitura da Epístola de São Tiago
Caríssimos irmãos:
Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto,
descem do Pai das luzes,
no qual não há variação nem sombra de mudança.
Foi Ele que nos gerou pela palavra da verdade,
para sermos como primícias das suas criaturas.
Acolhei docilmente a palavra em vós plantada,
que pode salvar as vossas almas.
Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes,
pois seria enganar-vos a vós mesmos.
A religião pura e sem mancha,
aos olhos de Deus, nosso Pai,
consiste em visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações
e conservar-se limpo do contágio do mundo.
Palavra do Senhor.


ALELUIA Tg 1, 18
Refrão: Aleluia. Repete-se
Deus Pai nos gerou pela palavra da verdade,
para sermos como primícias das suas criaturas. Refrão


EVANGELHO Mc 7, 1-8.14-15.21-23
«Deixais o mandamento de Deus
para vos prenderdes à tradição dos homens»

@ Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo,
reuniu-se à volta de Jesus
um grupo de fariseus e alguns escribas
que tinham vindo de Jerusalém.
Viram que alguns dos discípulos de Jesus
comiam com as mãos impuras, isto é, sem as lavar.
__ Na verdade, os fariseus e os judeus em geral
não comem sem ter lavado cuidadosamente as mãos,
conforme a tradição dos antigos.
Ao voltarem da praça pública,
não comem sem antes se terem lavado.
E seguem muitos outros costumes
a que se prenderam por tradição,
como lavar os copos, os jarros e as vasilhas de cobre __.
Os fariseus e os escribas perguntaram a Jesus:
«Porque não seguem os teus discípulos a tradição dos antigos,
e comem sem lavar as mãos?»
Jesus respondeu-lhes:
«Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas,
como está escrito:
‘Este povo honra-Me com os lábios,
mas o seu coração está longe de Mim.
É vão o culto que Me prestam,
e as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos’.
Vós deixais de lado o mandamento de Deus,
para vos prenderdes à tradição dos homens».
Depois, Jesus chamou de novo a Si a multidão
e começou a dizer-lhe:
«Ouvi-Me e procurai compreender.
Não há nada fora do homem
que ao entrar nele o possa tornar impuro.
O que sai do homem é que o torna impuro;
porque do interior dos homens é que saem os maus pensamentos:
imoralidades, roubos, assassínios,
adultérios, cobiças, injustiças,
fraudes, devassidão, inveja,
difamação, orgulho, insensatez.
Todos estes vícios saem lá de dentro
e tornam o homem impuro».
Palavra da salvação.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Liturgia 23 Agosto 2015

XXI DOMINGO TC





A liturgia do 21º Domingo do Tempo Comum fala-nos de opções. Recorda-nos que a nossa existência pode ser gasta a perseguir valores efémeros e estéreis, ou a apostar nesses valores eternos que nos conduzem à vida definitiva, à realização plena. Cada homem e cada mulher têm, dia a dia, de fazer a sua escolha.
Na primeira leitura, Jos 24, 1-2a.15-17.18b, Josué convida as tribos de Israel reunidas em Siquém a escolherem entre “servir o Senhor” e servir outros deuses. O Povo escolhe claramente “servir o Senhor”, pois viu, na história recente da libertação do Egipto e da caminhada pelo deserto, como só Jahwéh pode proporcionar ao seu Povo a vida, a liberdade, o bem estar e a paz.
O Evangelho, Jo 6, 60-69 coloca diante dos nossos olhos dois grupos de discípulos, com opções diversas diante da proposta de Jesus. Um dos grupos, prisioneiro da lógica do mundo, tem como prioridade os bens materiais, o poder, a ambição e a glória; por isso, recusa a proposta de Jesus. Outro grupo, aberto à acção de Deus e do Espírito, está disponível para seguir Jesus no caminho do amor e do dom da vida; os membros deste grupo sabem que só Jesus tem palavras de vida eterna. É este último grupo que é proposto como modelo aos crentes de todos os tempos.
Na segunda leitura, Ef 5, 21-32, Paulo diz aos cristãos de Éfeso que a opção por Cristo tem consequências também ao nível da relação familiar. Para o seguidor de Jesus, o espaço da relação familiar tem de ser o lugar onde se manifestam os valores de Jesus, os valores do Reino. Com a sua partilha de amor, com a sua união, com a sua comunhão de vida, o casal cristão é chamado a ser sinal e reflexo da união de Cristo com a sua Igreja. (in Dehonianos)


LEITURA I Jos 24, 1-2a.15-17.18b
«Queremos servir o Senhor, porque Ele é o nosso Deus»

Leitura do Livro de Josué
Naqueles dias,
Josué reuniu todas as tribos de Israel em Siquém.
Convovou os anciãos de Israel,
os chefes, os juízes e os magistrados,
que se apresentaram diante de Deus.
Josué disse então a todo o povo:
«Se não vos agrada servir o Senhor,
escolhei hoje a quem quereis servir:
se os deuses que os vossos pais serviram no outro lado do rio,
se os deuses dos amorreus em cuja terra habitais.
Eu e a minha família serviremos o Senhor».
Mas o povo respondeu:
«Longe de nós abandonar o Senhor para servir outros deuses;
porque o Senhor é o nosso Deus,
que nos fez sair, a nós e a nossos pais,
da terra do Egipto, da casa da escravidão.
Foi Ele que, diante dos nossos olhos,
realizou tão grandes prodígios
e nos protegeu durante o caminho que percorremos
entre os povos por onde passámos.
Também nós queremos servir o Senhor,
porque Ele é o nosso Deus».
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 33, 2-3.16-17.18-19.20-21.22-23
Refrão: Saboreai e vede como o Senhor é bom.

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.

Os olhos do Senhor estão voltados para os justos
e os ouvidos atentos aos seus rogos.
A face do Senhor volta-se contra os que fazem o mal,
para apagar da terra a sua memória.

Os justos clamaram e o Senhor os ouviu,
livrou-os de todas as suas angústias.
O Senhor está perto dos que têm o coração atribulado
e salva os de ânimo abatido.

Muitas são as tribulações do justo,
mas de todas elas o livra o Senhor.
Guarda todos os seus ossos,
nem um só será quebrado.

A maldade leva o ímpio à morte,
os inimigos do justo serão castigados.
O Senhor defende a vida dos seus servos,
não serão castigados os que n’Ele se refugiam.


LEITURA II Ef 5, 21-32
«É grande este mistério, em relação a Cristo e à Igreja»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos:
Sede submissos uns aos outros no temor de Cristo.
As mulheres submetam-se aos maridos como ao Senhor,
porque o marido é a cabeça da mulher,
como Cristo é a cabeça da Igreja, seu Corpo,
do qual é o Salvador.
Ora, como a Igreja se submete a Cristo,
assim também as mulheres
se devem submeter em tudo aos maridos.
Maridos, amai as vossas mulheres,
como Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela.
Ele quis santificá-la,
purificando-a no baptismo da água pela palavra da vida,
para a apresentar a Si mesmo como Igreja cheia de glória,
sem mancha nem ruga, nem coisa alguma semelhante,
mas santa e imaculada.
Assim devem os maridos amar as suas mulheres,
como os seus corpos.
Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.
Ninguém, de facto, odiou jamais o seu corpo,
antes o alimenta e lhe presta cuidados,
como Cristo à Igreja;
porque nós somos membros do seu Corpo.
Por isso, o homem deixará pai e mãe,
para se unir à sua mulher,
e serão dois numa só carne.
É grande este mistério,
digo-o em relação a Cristo e à Igreja.
Palavra do Senhor.


ALELUIA cf. Jo 6, 63c.68c
Refrão: Aleluia. Repete-se
As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida:
Vós tendes palavras de vida eterna. Refrão


EVANGELHO Jo 6, 60-69
«Para quem iremos, Senhor?
Tu tens palavras de vida eterna»

@ Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo,
muitos discípulos, ao ouvirem Jesus, disseram:
«Estas palavras são duras.
Quem pode escutá-las?»
Jesus, conhecendo interiormente
que os discípulos murmuravam por causa disso,
perguntou-lhes:
«Isto escandaliza-vos?
E se virdes o Filho do homem
subir para onde estava anteriormente?
O espírito é que dá vida,
a carne não serve de nada.
As palavras que Eu vos disse são espírito e vida.
Mas, entre vós, há alguns que não acreditam».
Na verdade, Jesus bem sabia, desde o início,
quais eram os que não acreditavam
e quem era aquele que O havia de entregar.
E acrescentou:
«Por isso é que vos disse:
Ninguém pode vir a Mim,
se não lhe for concedido por meu Pai».
A partir de então, muitos dos discípulos afastaram-se
e já não andavam com Ele.
Jesus disse aos Doze:
«Também vós quereis ir embora?»
Respondeu-Lhe Simão Pedro:
«Para quem iremos, Senhor?
Tu tens palavras de vida eterna.
Nós acreditamos
e sabemos que Tu és o Santo de Deus».
Palavra da salvação.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

15 Agosto 2015

Assunção da Virgem Santa Maria




Ao terminar a Sua missão na terra, Maria, a Imaculada Mãe de Deus, «foi elevada em corpo e alma à glória do céu» (Pio XII), sendo assim a primeira criatura humana a alcançar a plenitude da salvação. 
Esta glorificação de Maria é uma consequência natural da Sua Maternidade divina: Deus «não quis que conhecesse a corrupção do túmulo Aquela que gerou o Senhor da vida». 
É também o fruto da íntima e profunda união existente entre Maria e a Sua missão e Cristo e a Sua obra salvadora. Plenamente unida a Cristo, como Sua Mãe e Sua serva humilde, associada, estreitamente a Ele, na humilhação e no sofrimento, não podia deixar de vir a participar do mistério de Cristo ressuscitado e glorificado, numa conformação levada até às últimas consequências. Por isso, Maria é «elevada ao Céu em corpo e alma e exaltada por Deus como Rainha, para assim Se conformar mais plenamente com Seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte» (LG. 59). 
Este privilégio, concedido à Virgem Imaculada, preservada e imune de toda a mancha da culpa original, é «Sinal» de esperança e de alegria para todo o Povo de Deus, que peregrina pela terra em luta com o pecado e a morte, no meio dos perigos e dificuldades da vida. Com efeito, a Mãe de Jesus, «glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que se há-de consumar no século futuro» (LG. 68). 
O triunfo de Maria, mãe e filha da Igreja, será o triunfo da Igreja, quando, juntamente com a Humanidade, atingir a glória plena, de que Maria goza já. 
A Assunção de Maria ao Céu, em corpo e alma, é a garantia de que o homem se salvará todo: também o nosso corpo ressuscitará! A Assunção de Maria é o penhor seguro de que o homem triunfará da morte!

LEITURA I Ap 11, 19a 12, 1-6a.10ab 
«Uma mulher revestida de sol e com a lua debaixo dos pés» 

Leitura do Apocalipse de São João 
O templo de Deus abriu-se no Céu 
e a arca da aliança foi vista no seu templo. 
Apareceu no Céu um sinal grandioso: 
uma mulher revestida de sol, 
com a lua debaixo dos pés 
e uma coroa de doze estrelas na cabeça. 
Estava para ser mãe 
e gritava com as dores e ânsias da maternidade. 
E apareceu no Céu outro sinal: 
um enorme dragão cor de fogo, 
com sete cabeças e dez chifres 
e nas cabeças sete diademas. 
A cauda arrastava um terço das estrelas do céu 
e lançou-as sobre a terra. 
O dragão colocou-se diante da mulher que estava para ser mãe, 
para lhe devorar o filho, logo que nascesse. 
Ela teve um filho varão, 
que há-de reger todas as nações com ceptro de ferro. 
O filho foi levado para junto de Deus e do seu trono 
e a mulher fugiu para o deserto, 
onde Deus lhe tinha preparado um lugar. 
E ouvi uma voz poderosa que clamava no Céu: 
«Agora chegou a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus 
e o domínio do seu Ungido». 
Palavra do Senhor. 


SALMO RESPONSORIAL Salmo 44, 10.11.12.16 
Refrão: À vossa direita, Senhor, a Rainha do Céu, 
ornada do ouro mais fino. 
Ou: À vossa direita, Senhor, está a Rainha do Céu. 

Ao vosso encontro vêm filhas de reis, 
à vossa direita está a rainha, ornada com ouro de Ofir. 
Ouve, minha filha, vê e presta atenção, 
esquece o teu povo e a casa de teu pai. 

Da tua beleza se enamora o Rei 
Ele é o teu Senhor, presta-Lhe homenagem. 
Cheias de entusiasmo e alegria, 
entram no palácio do Rei. 


LEITURA II 1 Cor 15, 20-27 
«Primeiro, Cristo, como primícias depois os que pertencem a Cristo» 

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios 
Irmãos: 
Cristo ressuscitou dos mortos, 
como primícias dos que morreram. 
Uma vez que a morte veio por um homem, 
também por um homem veio a ressurreição dos mortos 
porque, do mesmo modo que em Adão todos morreram, 
assim também em Cristo serão todos restituídos à vida. 
Cada qual, porém, na sua ordem: 
primeiro, Cristo, como primícias 
a seguir, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. 
Depois será o fim, 
quando Cristo entregar o reino a Deus seu Pai 
depois de ter aniquilado toda a soberania, autoridade e poder. 
É necessário que Ele reine, 
até que tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. 
E o último inimigo a ser aniquilado é a morte, 
porque Deus tudo colocou debaixo dos seus pés. 
Mas quando se diz que tudo Lhe está submetido 
é claro que se exceptua Aquele que Lhe submeteu todas as coisas. 
Palavra do Senhor. 


ALELUIA 
Refrão: Aleluia. Repete-se 
Maria foi elevada ao Céu: 
alegra-se a multidão dos Anjos. Refrão 


EVANGELHO Lc 1, 39-56 
«O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: 
exaltou os humildes» 

@ Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 
Naqueles dias, 
Maria pôs-se a caminho 
e dirigiu-se apressadamente para a montanha, 
em direcção a uma cidade de Judá. 
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. 
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, 
o menino exultou-lhe no seio. 
Isabel ficou cheia do Espírito Santo 
e exclamou em alta voz: 
«Bendita és tu entre as mulheres 
e bendito é o fruto do teu ventre. 
Donde me é dado 
que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? 
Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos 
a voz da tua saudação, 
o menino exultou de alegria no meu seio. 
Bem-aventurada aquela que acreditou 
no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito 
da parte do Senhor». 
Maria disse então: 
«A minha alma glorifica o Senhor 
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, 
porque pôs os olhos na humildade da sua serva: 
de hoje em diante me chamarão bem-aventurada 
todas as gerações. 
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: 
Santo é o seu nome. 
A sua misericórdia se estende de geração em geração 
sobre aqueles que O temem. 
Manifestou o poder do seu braço 
e dispersou os soberbos. 
Derrubou os poderosos de seus tronos 
e exaltou os humildes. 
Aos famintos encheu de bens 
e aos ricos despediu de mãos vazias. 
Acolheu a Israel, seu servo, 
lembrado da sua misericórdia, 
como tinha prometido a nossos pais, 
a Abraão e à sua descendência para sempre». 
Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses 
e depois regressou a sua casa. 
Palavra da salvação.